terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A realidade do aluno como fator de aprendizagem

     A realidade do aluno, utilizada dentro do contexto escolar, ajuda a criança a compreender melhor o tema abordado em aula, por isso “torna-se a insistir na necessidade de que as questões sociais de vital importância, os problemas cotidianos, sejam contemplados no trabalho curricular nas salas de aula e escolas” (Santomé, 1998, p.9).
     Por isso é importante levar em consideração a realidade dos alunos. Tanto alunos quanto professores trazem consigo uma bagagem de tudo que já vivenciaram. Não há como separar o que se conhece de quem o conhece, porque não há como apagar um conhecimento, tão pouco a realidade. Não se pode esperar que os alunos não façam relações dos conteúdos com as coisas que vivem, pelo contrário, é isso que vai ajudá-los no aprendizado.
     O currículo deve abrir espaço para essas relações. “Porque não estabelecer certas intimidades entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos?” (Freire, 1998, p.34).
     Os alunos transformarão em conhecimento o que for significativo para eles. Se os alunos conseguirem se aproprias das informações, estas serão significativas.
    O conhecimento será mais bem desenvolvido se, além de relacionado com a realidade, estiverem relacionando as disciplinas entre si. Uma relação entre elas fará com que os alunos aprendam por uma visão mais ampla. A educação deve “obter uma integração de campos de conhecimento e experiência que facilitem uma compreensão mais reflexiva e crítica da realidade” (Santomé, 1998, p.27).
    Devemos como professores “relacionar os diferentes saberes” (Hernandez e Ventura, 1998, p.46). Nesta forma de ensino os alunos devem “aprender a encontrar e estabelecer conexões na informação” (ibidem, p.50).. E com o auxilio do professorado estimular “através da utilização de diferentes procedimentos e estratégias, a seleção das informações para favorecer a autonomia progressiva do aluno” (ibidem).
    Devemos ter sempre em mente que o aluno é quem deve formar seus conhecimentos. Ele não é uma gavetinha vazia aonde o professor vai arquivando o que lhe interessa. O aluno tem que ter curiosidade, se sentir motivado e desafiado. “Só as questões interessantes e motivadoras, que podem ser problemáticas para a pessoa, têm a possibilidade de gerar conflitos e, conseqüentemente, aprendizagens” (ibidem, p.39).

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