terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Passagem rápida pelas ideias de alguns pensadores

Dewey...
Defendia que os alunos deveriam ter a teoria e também a prática. Defendia o lúdico em sala de aula, também atividades que usassem da criatividade dos alunos.
Guardia...
Ele acreditava que o sujeito tinha que querer aprender e a educação tinha que ser voltada aos interesses do aluno.
Freinet...
Via a criança como o centro da educação, também que a criança não deve ficar presa na sala de aula.
Makarenko...
Acreditava no trabalho em grupo. Para ele não importa o que você vai criar, mas o que você vai aprender com isso.
Neill...
Acreditava que cada aluno deveria aprender o que queria
Montessori...
Utilizava os movimentos, a ginástica, a expressão corporal como forma de aprendizagem.
Decroly...
Valorizava mais o trabalho manual. Destacou três etapas da aprendizagem: observação, associação e expressão.
Wallon...
Fala muito a respeito das emoções. Segundo ele, é através das emoções que os alunos expressam suas vontades e por isso elas tem papel importante na aprendizagem.
Stenhouse...
Segundo ele, os alunos devem falar, expor e os professores tentar por em prática.Critica a fragmentação dos conteúdos.

... Relações existentes entre o que eles pensavam...
Ø      Ver o aluno como um todo;
Ø      Autonomia;
Ø      Trabalho em grupos;
Ø      Professor mediador;
Ø      Professor pesquisador;
Ø      Levar o aluno a pensar;
Ø      Professor e aluno aprendendo juntos.

Aprendizagem Significativa


“A aprendizagem significativa ocorre quando novas informações e conhecimentos podem relacionar-se de uma maneira não arbitrária com aquilo que a pessoa já sabe. É o que na psicologia aprendemos como “zona de desenvolvimento proximal” (Vygotsky).
A revista Nova Escola, de novembro de 2004, publicou uma entrevista com uma professora sobre a aprendizagem significativa, onde ela diz que “quando fazem sentido, os conhecimentos são facilmente aplicados, como se a pessoa tivesse nascido com eles” (Mello, 2004, p.18).
E seguida ela acrescenta, “viver é compartilhar significados, é expressar os sentidos das coisas de tal forma que eles sejam compreendidos pelos outros. Por isso a insistência para que os saberes aprendidos na escola sejam significativos: porque são imprescindíveis. Daí a necessidade da abertura
 do currículo para a experiência e o conhecimento existentes fora do contexto escolar” (ibidem, p.18).
“É necessário, portanto, criar situações de ensino e aprendizagem nas quais a relevância dos conteúdos culturais selecionados no projeto curricular possa interagir e propiciar processos de reconstrução junto com o que já existe nas estruturas cognitivas dos alunos”.
O autor faz um destaque do que Claxton disse em relação ao aprender: a pessoa aprende mais fácil o que quer saber. Por isso acredito que o professor deve estar, também, sempre despertando a curiosidade de seus alunos. “O professor deve cultivar o espírito de curiosidade, preservá-lo de desaparecer pelo abuso, de livrá-lo da fossilização da rotina” (Dewey, 1953, p.36).

Globalização

    Hernández e Ventura (1998) descrevem a existência de diferentes concepções sobre a globalização que se refletem na prática escolar. Conforme os autores “a maneira de realizá-la difere notavelmente segundo o caso que se observe e segundo quem tenha desenvolvido” (ibidem).
    Eles citam três concepções diferentes para essa proposta. A primeira “produz-se quando o docente partindo de um tema [...] trata de propor aos alunos algumas relações” (ibidem, p.52).
    Quando há esse tipo de globalização, segundo Hernandez e Ventura (1998), “a confluência de conteúdos em torno de um mesmo tema torna mais fácil a assimilação do aluno” (ibidem, p.53).
    Nessa concepção “é o professor ou a situação os que reclamam e forçam o estabelecimento de conexões disciplinares” (ibidem, p.52).
    Numa segunda concepção, as disciplinas se desenvolvem em torno de um mesmo tema, mas “sem intercâmbios relacionais reais entre esses saberes” (ibidem, p.53). E através dessa concepção de globalização “os estudantes acabam tendo a sensação de que recebem informações de diferentes visões disciplinares que versam sobre um mesmo tema” (ibidem, p.55).
    E na terceira concepção os estudantes devem “levar adiante as tarefas reconstrutivas, reconstrutivas globais e construtivas com a informação a qual têm acesso na sala de aula” (ibidem, p.56).
    A globalização/integração é uma concepção de construção do conhecimento que supre as necessidades do educando; uma maneira eficaz de aprender.
    Como educadores devemos sempre lembrar que “aprender é construir significados e ensinar é oportunizar essa construção” (Vasco Pedro Moretto).

A realidade do aluno como fator de aprendizagem

     A realidade do aluno, utilizada dentro do contexto escolar, ajuda a criança a compreender melhor o tema abordado em aula, por isso “torna-se a insistir na necessidade de que as questões sociais de vital importância, os problemas cotidianos, sejam contemplados no trabalho curricular nas salas de aula e escolas” (Santomé, 1998, p.9).
     Por isso é importante levar em consideração a realidade dos alunos. Tanto alunos quanto professores trazem consigo uma bagagem de tudo que já vivenciaram. Não há como separar o que se conhece de quem o conhece, porque não há como apagar um conhecimento, tão pouco a realidade. Não se pode esperar que os alunos não façam relações dos conteúdos com as coisas que vivem, pelo contrário, é isso que vai ajudá-los no aprendizado.
     O currículo deve abrir espaço para essas relações. “Porque não estabelecer certas intimidades entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos?” (Freire, 1998, p.34).
     Os alunos transformarão em conhecimento o que for significativo para eles. Se os alunos conseguirem se aproprias das informações, estas serão significativas.
    O conhecimento será mais bem desenvolvido se, além de relacionado com a realidade, estiverem relacionando as disciplinas entre si. Uma relação entre elas fará com que os alunos aprendam por uma visão mais ampla. A educação deve “obter uma integração de campos de conhecimento e experiência que facilitem uma compreensão mais reflexiva e crítica da realidade” (Santomé, 1998, p.27).
    Devemos como professores “relacionar os diferentes saberes” (Hernandez e Ventura, 1998, p.46). Nesta forma de ensino os alunos devem “aprender a encontrar e estabelecer conexões na informação” (ibidem, p.50).. E com o auxilio do professorado estimular “através da utilização de diferentes procedimentos e estratégias, a seleção das informações para favorecer a autonomia progressiva do aluno” (ibidem).
    Devemos ter sempre em mente que o aluno é quem deve formar seus conhecimentos. Ele não é uma gavetinha vazia aonde o professor vai arquivando o que lhe interessa. O aluno tem que ter curiosidade, se sentir motivado e desafiado. “Só as questões interessantes e motivadoras, que podem ser problemáticas para a pessoa, têm a possibilidade de gerar conflitos e, conseqüentemente, aprendizagens” (ibidem, p.39).