O corpo tem seu significado e sua identidade a partir das construções sociais que se refletem nele. A questão a ser analisada é "ao afirmar o caráter relacional e múltiplo das identidades, sua fluidez e sua inconstância, estamos sugerindo uma abordagem mais complexa" (LOURO, 2000, p.68). Refletindo nesta frase podemos concluir que se a identidade é construida a partir da disposição interna e das influências externas então ela é inacabada, está em constante transformação.

A diversidade que rodeia o corpo em construção está sempre construindo no sujeito novas percepções que o fazem mudar a todo instante, lhe dando múltiplas faces e lhe tornando um sujeito inacabado, e constante renovações.
"Por todas essas razões, seria pertinente, antes de tudo, indagar sobre os significados que, neste momento e nesta cultura, estão sendo atribuídas a uma dada aparência corporal; seria importante indagar sobre processos históricos e culturais que possibilitam que determinadas caracteríticas se tornassem tão especiais, sobre os processos que permitiram, finalmente que certas características passassem a 'ver mais' do que outras" (LOURO, 2000, p.62).
Trazendo essa análise para dentro da escola, podemos concluir que uma escola deve estar harmonizada com o seu contexto histórico social e cultural, proporcionando uma pedagogia direcionada a complexidade e descontinuação porque a todo momento novas identidades tomam forma e o corpo adquire novos significados. A escola deve saber acolher e dar conta dessa pluralidade que se faz presente neste momento também inacabado da história.
(Adélia)
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